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Lisina: saiba para que serve e onde encontrar este aminoácido

Atualizado 03/04/25
Criado 20/02/25
Tempo de leitura: 4 minutos
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A lisina é um aminoácido essencial fundamental para o nosso organismo, mas que o corpo humano não é capaz de sintetizar. Isso significa que precisamos obtê-la por meio da alimentação ou suplementação. 

Além de atuar na síntese de proteínas, na produção de hormônios, enzimas, e no fortalecimento do sistema imunológico, está envolvida na absorção de cálcio e, com isso, ajuda a manter os ossos e dentes fortes.

Também tem sido associada à prevenção de doenças cardiovasculares e à melhora da pele através da produção de colágeno.

Para que serve a lisina?

Por ser um aminoácido essencial, a lisina exerce diversas funções indispensáveis no organismo, atuando nos processos de:

  • Síntese de proteínas: A lisina é essencial para a construção e reparo de tecidos, ajudando no crescimento muscular e na recuperação de lesões.
  • Produção de enzimas e hormônios: Participa da formação de enzimas e hormônios que são vitais para diversas funções metabólicas.
  • Manutenção da estrutura celular: Contribui para a integridade das células, favorecendo o bom funcionamento dos tecidos corporais.
  • Absorção de cálcio: Auxilia na absorção e retenção de cálcio, promovendo a saúde óssea e dental e ajudando na prevenção de doenças como a osteoporose.
  • Fortalecimento do sistema imunológico: Ajuda na produção de anticorpos, fortalecendo o organismo contra infecções.
  • Prevenção e tratamento de infecções virais: Pode reduzir a recorrência de infecções virais, como a do herpes.

Papel da lisina na inibição viral e no potencial controle da doença de Alzheimer

O uso da lisina tem sido discutido em estudos relacionados à prevenção e tratamento de condições como o herpes simplex e, mais recentemente, à doença de Alzheimer (DA). O vírus herpes simplex tipo 1 (HSV-1) tem sido apontado como um possível fator contribuinte no desenvolvimento da DA.

Estudos sugerem que ela pode ajudar a reduzir a frequência e a gravidade das crises de herpes. Da mesma forma, em pacientes com Doença de alzheimer, existe um ganho devido à sua capacidade de suprimir a replicação do vírus herpes simplex tipo 1 (HSV-1), que está presente no cérebro da maioria dos idosos e pode contribuir para a formação de emaranhados neurofibrilares e placas amiloides características da DA.

Além disso, dietas ricas em lisina e pobres em arginina vêm sendo estudadas como possíveis aliadas na redução da replicação do HSV-1, o que pode contribuir para a prevenção tanto das crises de herpes quanto das complicações neurodegenerativas associadas ao vírus.

Quais são os alimentos ricos em lisina?

Incluir alimentos ricos em lisina na dieta é essencial para garantir que o corpo receba a quantidade necessária deste aminoácido. 

O nutriente pode ser encontrado em:

  • Carnes, como a bovina, suína, frango e cordeiro. Os peixes, especialmente atum, salmão e sardinha, também são excelentes fontes. 
  • Ovos e laticínios, como leite, queijo e iogurte, são ricos em lisina e devem fazer parte de uma dieta equilibrada.
  • Legumes: feijão, lentilha e grão-de-bico, são importantes para quem segue dietas vegetarianas ou veganas, fornecendo uma boa quantidade de lisina. Outros alimentos vegetais ricos em lisina incluem a quinoa, amêndoas e castanhas.

Contudo, é importante observar que a lisina pode ser destruída pelo calor excessivo, o que significa que cozinhar ou assar esses alimentos em vez de fritá-los pode ajudar a preservar suas propriedades.

Como tomar o suplemento de lisina?

A dosagem pode variar, mas geralmente recomenda-se tomar de 1 a 3 gramas por dia, dividida em duas ou três doses ao longo do dia. A lisina é geralmente encontrada em suplementos em forma de cápsulas, comprimidos ou pó, e pode ser ingerida com ou sem alimentos.

O melhor horário para tomar lisina pode variar conforme a necessidade do paciente, mas, para aqueles que buscam prevenir surtos de herpes, alguns especialistas recomendam tomar doses de lisina longe de alimentos ricos em arginina, como nozes e chocolate, para maximizar seu efeito. 

A duração do uso de suplementos de lisina deve ser discutida com um profissional de saúde, especialmente se o objetivo for terapêutico.

Como usar lisina para herpes?

A lisina tem sido utilizada como um suplemento para ajudar a prevenir surtos de herpes simplex. Embora não haja evidências conclusivas de que a lisina possa tratar as lesões ativas de herpes com total eficácia, alguns estudos sugerem que doses superiores a 3 gramas por dia podem reduzir a frequência de surtos e aliviar os sintomas. 

A suplementação pode ser utilizada de forma contínua como profilaxia, ou de forma intermitente, conforme necessário.

Assim, a lisina age inibindo a replicação do vírus herpes simplex, que depende da arginina para se proliferar. Ao aumentar os níveis de lisina no corpo e reduzir a ingestão de alimentos ricos em arginina, como chocolate e nozes, pode-se criar um ambiente menos favorável à replicação viral.

Quais os efeitos colaterais da lisina?

Algumas pessoas podem experimentar efeitos gastrointestinais, como diarreia, náusea ou dor abdominal, especialmente em doses mais altas. Em casos raros, reações alérgicas também podem ocorrer.

Também, há relatos de toxicidade renal em casos de suplementação excessiva e prolongada de lisina, portanto, é importante seguir as orientações de dosagem adequadas e consultar um profissional de saúde antes de iniciar a suplementação. 

Pacientes com doenças renais ou da vesícula biliar devem ter cautela ao usar lisina, pois pode haver um risco teórico de agravamento dessas condições. 

Qual a vantagem da lisina manipulada?

A lisina manipulada é a melhor opção para um tratamento personalizado, uma vez que é produzida na dosagem ideal para as necessidades e características de um paciente, de acordo com a orientação médica. 

A manipulação de medicamentos e suplementos também permite a inclusão de outras substâncias que possam potencializar os efeitos da lisina ou oferecer benefícios adicionais conforme o objetivo do tratamento. Por isso, não deixe de conversar com o seu médico sobre esta opção. 

Média de classificação: 4.4/5
Por: Fabíola Tavares Lemos
Biomédica

CRBM: 35430

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