
O leite materno é o alimento mais completo para um bebê. O Ministério da Saúde, bem como diversas entidades médicas do Brasil e do mundo, reconhecem a amamentação como a melhor forma de reduzir a mortalidade infantil e trazer benefícios para a criança, a mulher, a sociedade e o planeta.
Em agosto, inclusive, acontece o Mês do Aleitamento Materno, instituído pela Lei nº 13.435/2.017 com o objetivo de promover ações intersetoriais de conscientização e esclarecimento sobre a importância do aleitamento materno, que é a principal fonte de nutrição de bebês até até o sexto mês de vida.
Ainda que os benefícios sejam amplamente conhecidos, na prática, a amamentação não é tão instintiva quanto parece, principalmente para as mães de primeira viagem, que podem, inclusive, ter dificuldades relacionadas à produção de leite. Nestes casos, algumas soluções podem ser recomendadas.
A produção de leite varia muito entre as mulheres e é influenciada por fatores hormonais, emocionais e físicos. Entre os principais estão a sucção do bebê, a frequência das mamadas, o esvaziamento adequado das mamas, o estado nutricional e de hidratação da mãe, além do estresse, do cansaço e de condições como alterações hormonais ou uso de medicamentos.
Já nos primeiros dias, para algumas, o leite “desce” nas primeiras horas após o parto, enquanto, para outras, esse processo pode demorar mais, ou ocorrer em menor quantidade do que o esperado.
Essa variação é comum e não significa, necessariamente, um problema de saúde. Ainda assim, é comum que muitas enfrentem desafios nos primeiros dias após o nascimento do bebê, o que pode causar um ciclo de culpa e cansaço.
Por isso, é importante dar todo suporte para mulheres que querem continuar tentando e oferecer os recursos necessários quando o problema está relacionado à produção de leite, pois, nesses casos, é possível estimular com persistência, técnicas adequadas, alimentação balanceada e, se necessário, suplementos manipulados ou medicamentos.
A regulação da produção de leite é influenciada principalmente pela prolactina, que estimula a produção, e pela ocitocina, responsável pela ejeção do leite. A sucção do bebê é o principal estímulo para esses hormônios, por isso, o garantir a chamada pega correta é a intervenção mais importante.
A posição do bebê, o alinhamento do corpo e a profundidade da sucção são fatores fundamentais para o sucesso da amamentação. A boca do bebê deve cobrir a aréola e o queixo deve ficar encostado no peito da mãe.
Mas, além da própria amamentação em si, existem outras formas de estimular a produção de leite e garantir um bom aleitamento materno, como:
Existem alimentos considerados galactogogos, como:
Esses alimentos fornecem vitaminas, minerais e ácidos graxos importantes para a composição do leite, além disso, o consumo de alimentos saudáveis é importante porque também promove hábitos alimentares mais saudáveis na criança.
No entanto, é importante lembrar que não há evidências científicas de que um único alimento aumente significativamente a produção de leite. O único consenso entre os especialistas é que beber água é a melhor forma de aumentar a produção de leite, e que uma alimentação rica em nutrientes, antioxidantes e fitoquímicos pode contribuir para o equilíbrio hormonal e o bem-estar da lactante.
O consumo de chás galactogogos (como feno-grego, funcho e alcaravia) deve ser feito com muita cautela, pois não há segurança estabelecida para todos os extratos em lactantes. O ideal é que qualquer intervenção, inclusive fitoterápica, seja supervisionada por um profissional.
Para algumas mulheres, mesmo com a alimentação adequada e as técnicas de amamentação corretas, a produção de leite ainda é insuficiente. Nesses casos, e principalmente para mães que amamentam gêmeos ou que precisam manter a produção de leite após o retorno ao trabalho, o uso de suplementos e medicamentos pode ser indicado, mas apenas se houver orientação médica.
Existem hoje diversos suplementos que prometem aumentar a produção de leite e que podem ser adquiridos sem receita, mas para a segurança da mãe e do bebê, é indicado que o uso de qualquer substância seja feita apenas a partir de recomendação médica.
Além de que, muitos suplementos prontos contêm misturas de galactogogos, vitaminas, minerais e extratos fitoterápicos. Isso dificulta a identificação de qual ingrediente está de fato contribuindo (ou causando reações) e aumenta a possibilidade de interações medicamentosas ou efeitos colaterais.
De todo modo, os ativos que geralmente são utilizados para essa finalidade são:
Embora algumas medicações convencionais também sejam usadas para estimular a produção de leite, como a domperidona e a metoclopramida, seu uso requer atenção especial. Ambas atuam no aumento da prolactina por meio do bloqueio da dopamina, mas não são isentas de riscos.
A domperidona não possui aprovação da Anvisa para uso como galactogogo no Brasil e está associada a possíveis efeitos cardíacos quando utilizada em doses elevadas ou por períodos prolongados. Já a metoclopramida, embora prescrita em alguns casos, pode provocar efeitos colaterais importantes como sonolência, agitação, depressão e sintomas extrapiramidais, especialmente quando usada por mais de sete dias.
Por essas razões, o uso de medicamentos desse tipo só deve ocorrer em situações muito específicas (como, por exemplo, quando o bebê nasce prematuro e precisa de internação em UTI neonatal), com prescrição e acompanhamento médico rigoroso, sendo desaconselhado o uso por conta própria ou com base em relatos informais.
Além disso, como qualquer produto com ação farmacológica, os galactogogos podem causar efeitos colaterais. Na mãe, pode provocar: cefaléia, boca seca, sedação, tonturas. E para o bebe os efeitos colaterais podem ser sonolência, irritabilidade e desconforto gastrointestinal.
A avaliação do profissional de saúde é indispensável para ajustar a dose e o tempo de uso.
Assim como a gestação, a amamentação também é uma fase na qual a mulher precisa se atentar a à segurança de tudo o que consome — e aqui falamos sobre alimentos, bebidas, suplementos e medicamentos.
Enquanto os suplementos prontos nem sempre oferecem a transparência, o controle de dosagem ou a personalização necessária nesse momento tão sensível, a manipulação proporciona muito mais segurança para qualquer tipo de suplementação durante essa fase.
Os suplementos e medicamentos manipulados apresentam diversas vantagens, sendo que as principais são:
Além disso, o tratamento manipulado tem o respaldo de um profissional de saúde que prescreve e acompanha a paciente para observar a eficácia dos ativos e a necessidade de ajustes de dosagens ou qualquer tipo de intervenção necessária.
Mas vale lembrar que escolher a farmácia de manipulação certa também é fundamental para a segurança do tratamento. Para isso, as lactantes podem contar com a Drogasil Manipulação, que produz fórmulas manipuladas seguras e de qualidade utilizando apenas ativos com selo de autenticidade, manipulados por farmacêuticos experientes em laboratórios certificados pela Anvisa.
Toda mãe que estiver enfrentando dificuldades com a produção de leite deve ser acolhida. A insegurança materna é um dos maiores fatores de abandono precoce da amamentação, por isso é importante procurar ajuda.
No Brasil, existem diversos Bancos de Leite Humano que oferecem apoio e orientação gratuitamente. Além disso, a mulher também pode buscar consultoras de amamentação e profissionais especializados (como ginecologistas, pediatras e nutricionistas materno-infantis) para obter orientações sobre:
Clique aqui para encontrar o Banco de Leite Humano mais próximo de você ou ligue para o Disque Saúde através do número 136.
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