
A andropausa é uma condição clínica caracterizada pela diminuição gradual da produção de testosterona em homens adultos, especialmente a partir dos 40 anos. Apesar de ser conhecida como a “menopausa masculina”, diferentemente da mulher, não ocorre uma pausa hormonal, e sim o seu déficit gradativo.
Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), o diagnóstico da andropausa deve ser baseado na presença de sintomas e na confirmação laboratorial de níveis baixos de testosterona total (< 300 ng/dL em pelo menos duas dosagens matinais).
Embora natural ao processo de envelhecimento, essa queda hormonal pode desencadear diversos sintomas que afetam a qualidade de vida, a saúde física e a função sexual masculina.
A andropausa é um termo utilizado para se referir à deficiência androgênica do envelhecimento masculino (DAEM), é definida como a redução progressiva dos níveis de testosterona total e livre no organismo, acompanhada de sintomas clínicos e alterações metabólicas.
O principal hormônio sexual masculino é a testosterona, que desempenha papéis fundamentais no desenvolvimento muscular, manutenção da densidade óssea, função sexual, produção de espermatozoides e regulação do humor.
Essa condição pode evoluir de forma lenta e discreta, o que muitas vezes dificulta o diagnóstico precoce. Por isso, é fundamental conhecer os sinais associados à queda hormonal e buscar avaliação médica quando houver suspeita.
Não necessariamente. Embora a queda de testosterona seja um fenômeno esperado com o avanço da idade, nem todos os homens desenvolvem sintomas clínicos significativos.
A andropausa é diagnosticada quando há uma combinação de sinais clínicos e níveis hormonais abaixo dos valores de referência.
Fatores como obesidade, sedentarismo, tabagismo, alcoolismo, estresse crônico e doenças como diabetes tipo 2 podem antecipar ou agravar a deficiência hormonal.
O homem costuma entrar na andropausa entre os 50 e 60 anos, embora os sintomas possam surgir de forma mais precoce ou tardia, dependendo de fatores individuais. A idade de início é variável, e muitos homens convivem com sintomas leves durante anos antes de buscarem ajuda médica.
É importante destacar que a andropausa não ocorre de forma abrupta, mas sim de maneira gradual e progressiva. Isso pode levar à adaptação dos sintomas, dificultando sua percepção como um quadro clínico que exige tratamento.
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Sim, a andropausa pode ocorrer antes dos 45 anos, especialmente em homens com predisposição genética ou expostos a fatores de risco como doenças crônicas, baixa qualidade do sono, uso de anabolizantes, alimentação inadequada e estresse excessivo.
A queda precoce dos níveis de testosterona pode impactar negativamente o metabolismo, a função sexual e a saúde cardiovascular. Por isso, é essencial realizar exames laboratoriais para avaliar os níveis hormonais quando houver sintomas sugestivos.
Os sintomas da andropausa se sobrepõem aos sintomas do envelhecimento natural do homem e podem afetar a autoestima, a vida sexual e a produtividade no dia a dia.
Os mais comuns são:
A investigação adequada, com avaliação clínica e dosagem hormonal, é essencial para confirmar o diagnóstico.
A fertilidade masculina pode ser afetada pela queda da testosterona, mas não é totalmente comprometida. Homens com andropausa geralmente continuam férteis, embora com possível redução na qualidade e quantidade dos espermatozoides.
Em casos de infertilidade associada à deficiência hormonal, o tratamento pode incluir terapias que preservem ou estimulem a função testicular, sempre com acompanhamento médico especializado.
O tratamento da andropausa é feito a partir da combinação de mudanças no estilo de vida e, quando necessário, a reposição hormonal com testosterona.
Inicialmente, são indicadas medidas como:
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Se os sintomas persistirem e os exames laboratoriais confirmarem níveis baixos de testosterona, a reposição hormonal pode ser indicada. Essa terapia pode ser realizada principalmente por via oral, injetável e transdérmica (adesivos ou géis).
A reposição de testosterona é contraindicada em casos como:
Por isso, o acompanhamento médico é essencial, inclusive com exames periódicos de PSA, hematócrito, função hepática e perfil lipídico durante o tratamento.
Os medicamentos manipulados podem ser utilizados como parte do tratamento, sob prescrição médica, especialmente quando há necessidade de personalizar a dosagem ou a via de administração.
Entre os manipulados utilizados para andropausa estão:
A manipulação de medicamentos e suplementos é uma ótima opção porque permite a personalização da dose e a associação com outros ativos que otimizam o equilíbrio hormonal e o bem-estar do paciente.
Entre as principais vantagens estão o ajuste individual da concentração hormonal, a inclusão de fitoterápicos e antioxidantes que favorecem o metabolismo hormonal, a maior comodidade na adesão ao tratamento — com fórmulas em formatos adaptados à rotina do paciente — e a possibilidade de reduzir efeitos colaterais ao evitar doses padronizadas e excipientes desnecessários.
Mas, atenção: Por se tratar de um tratamento que demanda precisão na dosagem e qualidade nos insumos, é fundamental que a manipulação seja feita em farmácias de manipulação certificadas pela Anvisa e que sigam boas práticas de manipulação. Ambientes controlados, rastreabilidade e processos validados oferecem maior segurança para o paciente, reduzindo o risco de variações na concentração hormonal e de contaminação cruzada. Leia também: Suplementos para aumentar a testosterona: saiba quais usar.
CRBM: 35430
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