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Andropausa: principais dúvidas e tratamentos para queda hormonal masculina

Atualizado 11/07/25
Criado 11/07/25
Tempo de leitura: 4 minutos
Homem branco de aproximadamente 45 anos sentado com a mão no queixo. Conteúdo fala sobre andropausa, a deficiência androgênica do envelhecimento masculino (DAEM.
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A andropausa é uma condição clínica caracterizada pela diminuição gradual da produção de testosterona em homens adultos, especialmente a partir dos 40 anos. Apesar de ser conhecida como a “menopausa masculina”, diferentemente da mulher, não ocorre uma pausa hormonal, e sim o seu déficit gradativo.

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), o diagnóstico da andropausa deve ser baseado na presença de sintomas e na confirmação laboratorial de níveis baixos de testosterona total (< 300 ng/dL em pelo menos duas dosagens matinais).

Embora natural ao processo de envelhecimento, essa queda hormonal pode desencadear diversos sintomas que afetam a qualidade de vida, a saúde física e a função sexual masculina.

O que é a andropausa?

A andropausa é um termo utilizado para se referir à deficiência androgênica do envelhecimento masculino (DAEM), é definida como a redução progressiva dos níveis de testosterona total e livre no organismo, acompanhada de sintomas clínicos e alterações metabólicas. 

O principal hormônio sexual masculino é a testosterona, que desempenha papéis fundamentais no desenvolvimento muscular, manutenção da densidade óssea, função sexual, produção de espermatozoides e regulação do humor.

Essa condição pode evoluir de forma lenta e discreta, o que muitas vezes dificulta o diagnóstico precoce. Por isso, é fundamental conhecer os sinais associados à queda hormonal e buscar avaliação médica quando houver suspeita.

Todo homem tem andropausa?

Não necessariamente. Embora a queda de testosterona seja um fenômeno esperado com o avanço da idade, nem todos os homens desenvolvem sintomas clínicos significativos. 

A andropausa é diagnosticada quando há uma combinação de sinais clínicos e níveis hormonais abaixo dos valores de referência.

Fatores como obesidade, sedentarismo, tabagismo, alcoolismo, estresse crônico e doenças como diabetes tipo 2 podem antecipar ou agravar a deficiência hormonal.

Em que idade o homem entra na andropausa?

O homem costuma entrar na andropausa entre os 50 e 60 anos, embora os sintomas possam surgir de forma mais precoce ou tardia, dependendo de fatores individuais. A idade de início é variável, e muitos homens convivem com sintomas leves durante anos antes de buscarem ajuda médica.

É importante destacar que a andropausa não ocorre de forma abrupta, mas sim de maneira gradual e progressiva. Isso pode levar à adaptação dos sintomas, dificultando sua percepção como um quadro clínico que exige tratamento.

Leia mais: Testosterona manipulada: tudo o que você precisa saber.

Existe andropausa precoce?

Sim, a andropausa pode ocorrer antes dos 45 anos, especialmente em homens com predisposição genética ou expostos a fatores de risco como doenças crônicas, baixa qualidade do sono, uso de anabolizantes, alimentação inadequada e estresse excessivo.

A queda precoce dos níveis de testosterona pode impactar negativamente o metabolismo, a função sexual e a saúde cardiovascular. Por isso, é essencial realizar exames laboratoriais para avaliar os níveis hormonais quando houver sintomas sugestivos.

Quais são os sintomas da andropausa?

Os sintomas da andropausa se sobrepõem aos sintomas do envelhecimento natural do homem e podem afetar a autoestima, a vida sexual e a produtividade no dia a dia. 

Os mais comuns são:

  • Redução da libido;
  • Disfunção erétil;
  • Fadiga persistente;
  • Perda de massa muscular;
  • Acúmulo de gordura abdominal;
  • Irritabilidade e alterações de humor;
  • Dificuldade de concentração;
  • Distúrbios do sono;
  • Diminuição da densidade óssea (osteopenia ou osteoporose).

A investigação adequada, com avaliação clínica e dosagem hormonal, é essencial para confirmar o diagnóstico.

Homens na andropausa podem ter filhos?

A fertilidade masculina pode ser afetada pela queda da testosterona, mas não é totalmente comprometida. Homens com andropausa geralmente continuam férteis, embora com possível redução na qualidade e quantidade dos espermatozoides.

Em casos de infertilidade associada à deficiência hormonal, o tratamento pode incluir terapias que preservem ou estimulem a função testicular, sempre com acompanhamento médico especializado.

Como é feito o tratamento da andropausa?

O tratamento da andropausa é feito a partir da combinação de mudanças no estilo de vida e, quando necessário, a reposição hormonal com testosterona. 

Inicialmente, são indicadas medidas como:

  • Prática regular de atividade física;
  • Alimentação equilibrada e rica em nutrientes;
  • Controle do peso corporal;
  • Redução do estresse;
  • Abandono do tabagismo e moderação no consumo de álcool.

Complete a sua leitura: Manipulados para reposição hormonal masculina.

Se os sintomas persistirem e os exames laboratoriais confirmarem níveis baixos de testosterona, a reposição hormonal pode ser indicada. Essa terapia pode ser realizada principalmente por via oral, injetável e transdérmica (adesivos ou géis).

A reposição de testosterona é contraindicada em casos como:

  • Câncer de próstata ou mama (confirmado ou suspeito);
  • Poliglobulia (hematócrito muito elevado);
  • Apneia do sono não tratada;
  • História de eventos tromboembólicos recentes.

Por isso, o acompanhamento médico é essencial, inclusive com exames periódicos de PSA, hematócrito, função hepática e perfil lipídico durante o tratamento.

Manipulados podem ser indicados para o tratamento da andropausa?

Os medicamentos manipulados podem ser utilizados como parte do tratamento, sob prescrição médica, especialmente quando há necessidade de personalizar a dosagem ou a via de administração.

Entre os manipulados utilizados para andropausa estão:

  • Testosterona bioidêntica: Em formulações como gel transdérmico (a chamada testosterona gel), cápsulas oleosas ou adesivos. A vantagem é ajustar a concentração conforme a necessidade do paciente.
  • Precursores hormonais (quando indicados): como DHEA ou pregnenolona, embora seu uso seja mais controverso e exija cautela.
  • Fórmulas de suporte: Combinando ativos que auxiliam na vitalidade, como:
  1. Tribulus terrestris (potencial modulador da libido);
  2. Maca peruana (associada ao aumento de energia e melhora do desejo sexual);
  3. Zinco e magnésio (essenciais para a produção hormonal);
  4. Ashwagandha (adaptógeno que pode ajudar na redução do estresse e melhora da função sexual).

A manipulação de medicamentos e suplementos é uma ótima opção porque permite a personalização da dose e a associação com outros ativos que otimizam o equilíbrio hormonal e o bem-estar do paciente. 

Entre as principais vantagens estão o ajuste individual da concentração hormonal, a inclusão de fitoterápicos e antioxidantes que favorecem o metabolismo hormonal, a maior comodidade na adesão ao tratamento — com fórmulas em formatos adaptados à rotina do paciente — e a possibilidade de reduzir efeitos colaterais ao evitar doses padronizadas e excipientes desnecessários.

Mas, atenção: Por se tratar de um tratamento que demanda precisão na dosagem e qualidade nos insumos, é fundamental que a manipulação seja feita em farmácias de manipulação certificadas pela Anvisa e que sigam boas práticas de manipulação. Ambientes controlados, rastreabilidade e processos validados oferecem maior segurança para o paciente, reduzindo o risco de variações na concentração hormonal e de contaminação cruzada. Leia também: Suplementos para aumentar a testosterona: saiba quais usar.

Média de classificação: 5/5
Por: Fabíola Tavares Lemos
Biomédica

CRBM: 35430

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