
A obesidade é uma doença que tem gerado preocupação das autoridades no Brasil. Isso porque o grupo de brasileiros com sobrepeso e obesidade ultrapassa 50% da população total, afetando também milhões de crianças e adolescentes.
Dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) de 2019 indicam que cerca de 15,9% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos estão obesas.
A doença já é um problema de saúde pública, uma vez que, além de estar associada a um aumento significativo de doenças crônicas, a obesidade também provoca diversos gastos indiretos para o país.
Embora o governo brasileiro já tenha implementado políticas para combater a obesidade, diversos desafios ainda estão associados à essa doença que frequentemente está associada a estigmas sociais, levando a discriminação, baixa autoestima e problemas de saúde mental.
A obesidade ocorre com o passar do tempo quando há a ingestão de calorias em excesso e o corpo começa a acumular reserva energética em glicogênio. A reserva energética é responsável por formar o tecido adiposo principalmente na região abdominal, mas também pelo corpo todo.
As causas para a doença, na verdade, envolvem uma combinação de fatores genéticos, ambientais e comportamentais.
É claro que a ingestão excessiva de calorias, especialmente de alimentos ricos em gorduras e açúcares, aliada ao sedentarismo, são os principais contribuintes, mas questões psicológicas, como estresse e depressão também podem influenciar.
A predisposição genética também pode aumentar a suscetibilidade à obesidade, bem como a existência de algumas condições médicas, como hipotireoidismo, e o uso de certos medicamentos.
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A forma mais comum de classificar a obesidade é baseada no IMC (Índice de Massa Corporal), um valor que é resultado da divisão do peso pela altura elevada ao quadrado. Dessa forma, as classificações são:
Calcule seu IMC na calculadora da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica.
A obesidade aumenta significativamente os riscos à saúde, incluindo doenças cardiovasculares, como hipertensão e doença arterial coronariana, e diabetes tipo 2, que afeta cerca de 80% das pessoas obesas.
Também está associada a distúrbios respiratórios, como apneia do sono, problemas musculoesqueléticos, como osteoartrite, e vários tipos de câncer. Pode causar, ainda, doença hepática gordurosa não alcoólica, infertilidade e complicações na gravidez.
Além disso, está ligada a problemas psicológicos, como depressão e ansiedade. Diversos estudos mostram, inclusive, que a obesidade pode reduzir a expectativa de vida em até 10 anos.
O tratamento da obesidade é multidisciplinar. Por isso, a equipe pode contar com um educador físico, psicólogo e médico. Em consultas com o médico, dependendo do grau da obesidade, medicamentos podem ser prescritos para ajudar nesse processo.
Para o tratamento da obesidade grave há também a opção da cirurgia bariátrica - conhecida como redução, mas para realizá-la, o paciente também deve adotar mudanças em seu estilo de vida.
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De todo modo, para combater a obesidade, também é fundamental adotar hábitos mais saudáveis. Confira abaixo quais são os principais e como cada um deles pode ser colocado em prática.
Sem dúvidas, é a principal forma de combater a obesidade. Levar o cachorro para passear e fazer uma corrida, subir escadas ao invés de usar o elevador, são exemplos de atividades físicas simples que podem ser inseridas no dia a dia. Parece pouco, mas ajuda muito a sair do sedentarismo.
Além disso, existem plataformas online que disponibilizam muitos tipos de exercícios para fazer em casa. Além de ser prático e rápido por não precisar se deslocar para a academia ajuda muitas mulheres que são mães e trabalham em casa.
Alimentar-se adequadamente pode ser um desafio para muitas pessoas. Mas não é necessário entender muito sobre nutrição para saber que alimentos industrializados fazem mal ao organismo. Evitar comidas prontas tipo fast food irá ajudar na sua saúde e de quebra terá a economizado no fim do mês.
Mudança de vida é decisão e atitude. Para as pessoas que trabalham e não conseguem cozinhar todos os dias, existe a opção de separar um dia na semana para o preparo de marmitas, isso gera uma organização que contribuirá para prevenir você de tomar atitudes equivocadas no momento da fome.
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É comum a busca por comida estar associada a problemas emocionais. O estresse e a ansiedade fazem com que busquemos por comida como uma válvula de escape e uma recompensa por um dia difícil.
Saber lidar com essa situação e identificá-la é essencial para pessoas que desejam tratar a obesidade. Procure um acompanhamento psicológico, isso faz grande diferença.
Às vezes é difícil dizer não para um fator ambiental. O ser humano é altamente sociável e seu comportamento é modulado pelas pessoas que o cercam. Por exemplo, se você está em um grupo que combina de se encontrar em uma lanchonete todo a semana certamente isso também será um hábito que você irá assimilar devido ao comportamento do grupo.
Selecionar as pessoas que estarão com você nos momentos de lazer irá modular o seu comportamento. Buscar amizades que possuam hábitos saudáveis irá modular seus hábitos para práticas saudáveis.
O uso de fórmulas manipuladas tem feito parte de muitos tratamentos porque esse tipo de medicação apresenta diversas vantagens em relação aos remédios convencionais, uma vez que é feita de forma totalmente individualizada para cada paciente.
Além de possibilitar o ajuste da dosagem de cada substância, a manipulação também permite a combinação de ativos (naturais ou sintéticos) e contém apenas substâncias puras para minimizar as chances de efeitos colaterais.
No tratamento da obesidade, essas fórmulas podem incluir inibidores de apetite, termogênicos que aumentam o metabolismo e bloqueadores de gordura, por exemplo. Podem também conter compostos que auxiliam na regulação do humor e controle da ansiedade, como a L-teanina, por exemplo, mas sempre sob supervisão médica.
Esse tipo de medicamento deve sempre ser prescrito por um profissional de saúde que conheça e acompanhe o quadro do paciente, o que contribui para a eficácia do tratamento e proporciona mais segurança. Vale a pena conversar com seu médico sobre esta opção. Aproveite e confira nosso guia completo sobre manipulados.
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