O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neuropsiquiátrica que afeta pelo menos 5% da população em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Caracterizado principalmente pela dificuldade de atenção, hiperatividade e impulsividade, o TDAH pode impactar significativamente a vida acadêmica, profissional e social dos pacientes e, por isso, o ideal é que seja diagnosticado durante a adolescência.
De acordo com um estudo realizado pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), 40% dos brasileiros fazem autodiagnóstico médico pela internet e no caso do TDAH não é diferente. Apesar dos sintomas serem de fato comuns em pessoas de todas as idades, é preciso muito cuidado até chegar ao diagnóstico e tratamento adequado para o transtorno.
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico caracterizado pela combinação de sintomas, tais como dificuldades em manter a atenção, hiperatividade e impulsividade. Pode surgir na infância e persistir ao longo da fase adulta.
O aparecimento desses sintomas pode prejudicar o desempenho acadêmico, as relações sociais e a rotina dos pacientes.
É considerado um transtorno com possível origem multifatorial, pois envolve componentes genéticos e ambientais modificados, que alteram a estrutura química e anatômica do cérebro.
Não existe um único teste para diagnosticar o TDAH, e o processo até chegar ao diagnóstico pode ser um pouco longo, uma vez que geralmente envolve uma avaliação clínica detalhada que inclui o histórico médico e psicológico do paciente, além de diversas entrevistas para entender os impactos e a dimensão dos sintomas na sua rotina.
Em geral, o diagnóstico acontece quando observam-se sintomas de desatenção e/ou hiperatividade por mais de 6 meses antes dos 12 anos de idade. Isso porque os sintomas costumam se manifestar na infância.
Os mais comuns a serem observados são:
Vale lembrar que esses sintomas podem ser confundidos com os outros transtornos, como o bipolar, de personalidade e até o autismo ou a dislexia, por isso a consulta com o profissional habilitado é tão importante no diagnóstico dessa condição.
O TDAH é uma condição clínica sem cura, mas não tratar seus sintomas pode impactar na vida dos pacientes. As dificuldades acadêmicas podem se tornar persistentes, assim como os desafios nas relações sociais e a baixa autoestima caso o TDAH não seja tratado na infância.
O tratamento para essa condição clínica pode variar de acordo com cada caso, mas, além de acompanhamento psicológico, geralmente envolve o uso de medicamentos estimulantes, como o metilfenidato, para ajudar a melhorar a atenção e reduzir a hiperatividade.
Os remédios manipulados podem ser grandes aliados pois são personalizados para atender às necessidades específicas de cada paciente. Na manipulação, também é possível ajustar doses, concentrações e as formas farmacêuticas e, em consequência disso, reduzir os possíveis efeitos colaterais.
As fórmulas manipuladas também podem complementar o tratamento do TDAH fornecendo nutrientes essenciais para o cérebro, apoiando a função cognitiva e a concentração a partir da suplementação com ativos como o ômega-3 e vitaminas.
Para as crianças também pode ser recomendado utilizar essências com sabor nas formas farmacêuticas líquidas, como são os casos dos xaropes, para deixar o remédio com um sabor mais agradável e tornar o tratamento mais aceitável para a criança.
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O tratamento para TDAH pode variar entre crianças e adultos. Isso porque, em crianças, a ênfase é maior na terapia comportamental e no envolvimento dos pais no processo terapêutico.
Já para os adultos, o tratamento pode se concentrar mais no uso de medicações e na terapia cognitivo-comportamental (TCC) e em estratégias para promover habilidades de gerenciamento do tempo e organização.
Além disso, a personalização do tratamento é fundamental em todas as idades. O tratamento para TDAH adaptado às necessidades de cada paciente é essencial para garantir qualidade de vida e redução dos efeitos colaterais.
Farmacêutica com pós graduação em farmácia clínica oncológica e farmácia clínica com ênfase em acompanhamento farmacoterapêutico (GTM - PW e Dader). Amplo conhecimento em farmácia clínica hospitalar (Experiência em hospitais de grande porte em SP). Monitora acadêmica desde 2022 na instituição Racine.