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Ostarina: o que é e alternativas seguras para a substância

Atualizado 01/11/24
Criado 03/05/24
Tempo de leitura: 4 minutos
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A ostarina é uma substância que, em princípio, foi desenvolvida para tratar osteoporose, a sarcopenia (perda de massa muscular que ocorre na senescência e diminui a expectativa de vida em idosos) e outras doenças que afetam o condicionamento físico. 

Porém, sua aplicação tem extrapolado esse intuito e passou a ser um anabolizante considerado doping em modalidades esportivas. Entenda abaixo como essa substância age no corpo e alternativas mais seguras que proporcionam o mesmo efeito da ostarina.

O que é ostarina e para que serve?

A ostarina é um modulador seletivo do receptor androgênico (SARMS) que tem fórmula molecular não esteroidal, mas com efeito semelhante à testosterona.

Seu mecanismo de ação se dá através do acoplamento em receptores androgênicos. Após essa ligação, ocorre a modulação na molécula do receptor que irá ativar o DNA para a formação de massa muscular, entre outros efeitos. 

Por ser uma substância anabolizante, é utilizada em competições esportivas por atletas de alto desempenho, uma vez que ajuda na formação de massa muscular, aumenta a resistência de esforço e melhora os resultados do exercício físico de uma maneira geral.

Além de ser utilizada por atletas de alto desempenho, ficou conhecida nas academias por ajudar no processo de definição muscular e trazer resultados mais rápidos. 

Leia também: Suplementos para aumentar a testosterona: saiba quais usar

A ostarina é um anabolizante?

Sim, a ostarina é uma substância com ação anabolizante, que interfere diretamente nos receptores ligados aos hormônios androgênicos. 

Os SARMS (moduladores seletivos de receptor de androgênio) são substâncias sintéticas com uma maior especificidade para os tecidos da musculatura óssea, diferentemente dos esteroides anabólicos androgênicos que atingem diversos tecidos de maneira ampla e aleatória.

Esse tipo de substância tem ação anabolizante, que interfere diretamente nos receptores ligados aos hormônios androgênicos, mas, além disso, possuem muitas outras interações no organismo e podem ter efeitos diferentes dependendo do modo que são utilizados, a dosagem e o tecido alvo. 

Abaixo vamos listar alguns pontos que foram considerados nas pesquisas que testaram a ostarina e os SARMS:

  • Não é hepatotóxico: a sua fórmula não possui metila e não passa pelo fígado de maneira tóxica, o que ocorre com os esteroides.
  • Efeito andrógeno direcionado: Hormônios andrógenos agem nos músculos e tecidos ósseos, mas também atingem glândulas como a próstata, isso causa sérios danos na glândula que podem culminar em câncer. Os SARMS não demonstram ter o mesmo desdobramento danoso sobre a próstata.
  • Administração por via oral: Muitos esteroides são injetáveis, isso pode criar vias contaminantes, além de ser uma intervenção invasiva que não ajuda na adesão dos pacientes aos tratamentos.
  • Baixo impacto no corpo feminino:  Muitas mulheres (homens também, com impacto menor), que utilizam os derivados de esteroides sofrem com acne, engrossamento da voz e queda de cabelo, os SARMs não demonstram esses efeitos e seriam indicados para mulheres que precisam desse tipo de tratamento.

Por que a ostarina é proibida?

Apesar de demonstrar ganhos promissores em comparação aos andrógenos esteroides, a Food and Drug Administration, agência dos Estados Unidos de controle para medicamentos, não aprova o uso dos SARMs. 

Da mesma forma, a Anvisa não aprova a ostarina no Brasil. Segundo a  Resolução (RE) 791/2021, ela não pode ser comercializada, distribuída, importada ou comercializada.

Como são substâncias novas, não existem informações suficientes para dizer que o uso dos SARMS é seguro. Por isso, mais estudos precisam ser feitos para que a eficácia deles seja comprovada, dessa maneira será possível criar um protocolo de uso que ajudará muitas pessoas que precisam desse tipo de tratamento.

Existem alternativas para a ostarina?

Sim, existem diversos ativos que podem ser facilmente encontrados e que são considerados mais seguros do que a ostarina. Confira abaixo alguns exemplos de ativos que podem substituir a ostarina, considerando os principais efeitos que ela proporciona.

Tratamento e prevenção da osteoporose

  • Vitamina D: Essencial para a absorção de cálcio, fortalece os ossos e previne a osteoporose. Sua deficiência aumenta o risco de fraturas. Conheça as causas, sintomas e consequências da falta de vitamina D.
  • Cálcio: Mineral chave para a saúde óssea, ajuda a construir e a manter os ossos fortes, reduzindo o risco de osteoporose.
  • Bisfosfonatos: Medicamentos que retardam a perda óssea, aumentando a densidade óssea e reduzindo o risco de fraturas em pessoas com osteoporose.

Tratamento e prevenção da sarcopenia

  • Proteína de alta qualidade: O whey protein estimula a síntese proteica muscular, essencial para a manutenção e crescimento da massa muscular, prevenindo a sarcopenia.
  • Leucina: Aminoácido que promove a síntese de proteínas no músculo, ajudando na prevenção e tratamento da perda muscular relacionada à idade.
  • HMB (beta-hidroxi-beta-metilbutirato): Metabólito da leucina que reduz a degradação proteica e promove o ganho de massa muscular, útil na prevenção da sarcopenia.

Aumento da massa muscular

  • Creatina: Suplemento que aumenta a energia disponível para os músculos durante exercícios de alta intensidade, promovendo o aumento da massa muscular.
  • BCAAs (aminoácidos de cadeia ramificada): Incluem leucina, isoleucina e valina, que promovem a síntese proteica muscular e podem aumentar a massa muscular quando combinados com exercícios de resistência.
  • Beta-Alanina: Aumenta os níveis de carnosina nos músculos, o que pode melhorar o desempenho durante exercícios de alta intensidade e contribuir para o aumento da massa muscular.

Leia também: Como acelerar a hipertrofia muscular e melhores suplementos

Aumento da resistência física

  • Beta-Alanina: Melhora a resistência muscular ao aumentar os níveis de carnosina, que ajudam a neutralizar o ácido lático durante exercícios intensos.
  • Citrulina Malato: Suplemento que aumenta a produção de óxido nítrico, melhorando o fluxo sanguíneo e a entrega de oxigênio aos músculos, aumentando a resistência.
  • Beetroot (Beterraba em pó): Rica em nitratos, que se convertem em óxido nítrico, melhorando a eficiência do uso de oxigênio e aumentando a resistência física.

Melhora do desempenho esportivo

  • Cafeína: Estimulante que aumenta a alerta, reduz a percepção de esforço e pode melhorar significativamente o desempenho esportivo.
  • Creatina: Além de aumentar a massa muscular, melhora a força e a explosão muscular, o que é benéfico em diversas modalidades esportivas.
  • Ashwagandha: Erva adaptogênica que pode melhorar os níveis de energia, a resistência muscular e reduzir o tempo de recuperação, melhorando o desempenho esportivo geral.

Uma dica para aproveitar os benefícios desses ativos é combiná-los em um suplemento manipulado, que é um tipo de suplemento personalizado de acordo com suas características, necessidades e objetivos.

Por isso, se quiser uma alternativa segura para a ostarina, não deixe de conversar com o seu médico sobre a suplementação manipulada e conte com a Drogasil manipulação na hora de pedir seu suplemento personalizado.

Média de classificação: 4/5
Por: Fabíola Tavares Lemos
Biomédica

CRBM: 35430

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