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25 de abril de 2024

A sudorese acontece quando as glândulas liberam o suor. Isso pode ocorrer por alguns motivos específicos, mas tem como objetivo manter a temperatura corporal ideal para o organismo humano.

O suor é liberado por glândulas chamadas de sudoríparas. Quando aceleramos o nosso metabolismo fazendo exercícios, por exemplo, a temperatura corporal se eleva.

O corpo humano, assim como o de todos os mamíferos, precisa estar em uma temperatura ideal para que suas funções possam correr em harmonia. Para esse grupo de animais, dá-se o nome de homeotérmicos, ou seja, eles mantêm a temperatura corporal constante. 

Para que isso ocorra em humanos, existe a liberação de suor que atua como uma ferramenta para diminuir a temperatura quando ela apresenta a tendência de elevar-se. O suor é um líquido composto, principalmente, por sais, água e ácido úrico. 

Todo esse esforço ocorre, pois, quando entramos em desequilíbrio térmico, com febre, por exemplo, corremos o risco de ter as nossas proteínas desnaturalizadas. A desnaturalização das proteínas é a perda de seu formato funcional para interação nos diversos tecidos e ou células alvo. Quando isso ocorre, o organismo corre o risco de entrar em colapso.

Quais são as doenças que provocam sudorese?

A transpiração em excesso pode causar muito desconforto. Muitas pessoas sofrem com esse problema, pois ele pode ficar aparente nas roupas, mas, além da questão social, a umidade continua na região em casos extremos pode provocar o aparecimento de algumas doenças.

Quando a sudorese ocorre de maneira descontrolada, acontece a hiperidrose (ou suor excessivo), que pode ser desencadeada por:

Em reações a fatores estressores, ocorre o chamado “suar frio”. Nesses casos, a reação da produção de suor é relacionada à sensação de ameaça ao organismo que pode ser emocional ou física.

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Geralmente, nota-se a maior transpiração nas axilas, mãos e pés, porém isso pode variar de acordo com cada pessoa.

Além disso, devemos destacar a menopausa e problemas hormonais como fortes fatores para desencadear a sudorese. Isso ocorre porque os hormônios desregulados dificultam que a temperatura corporal fique equilibrada. Por esse motivo é muito comum mulheres nesta fase sentirem calor excessivo e transpiração.

Tratamentos para hiperidrose

Existem alguns tipos de tratamentos para a hiperidrose. As intervenções podem ser cirúrgicas ou medicamentosas.

Entre as técnicas menos invasivas e mais utilizadas estão a aplicação de toxina botulínica nos nervos que estimulam as glândulas, pois desta maneira o estímulo não consegue chegar nas glândulas e não ocorre a liberação do suor. Esta técnica está sendo bastante utilizada pois é reversível com o tempo. 

Também podem ser feitas cirurgias que interrompem as ligações dos nervos. O processo é o mesmo -- o estímulo não irá chegar na glândula. Porém, esta técnica está entrando em desuso, pois notou-se uma reação do corpo que tenta compensar o suor em outra região. E também técnicas cirúrgicas são mais difíceis de serem revertidas.

Pode-se também diminuir o tamanho e a produção das glândulas por aplicação de laser nas regiões, nestes casos elas irão produzir menos suor.

Medicamentos podem controlar as secreções do corpo de maneira geral afetando todas as secreções corpóreas e não apenas a sudorese. Esta intervenção pode causar efeitos colaterais sérios e, por isso, deve ser discutida com um médico - neste caso, os mais indicados são o dermatologista, o endocrinologista ou o neurologista.

É importante consultar sempre um médico para que ele faça a avaliação correta do seu caso. Desse modo, ele poderá encaminhar para uma cirurgia ou prescrever um medicamento adequado para a sua necessidade. Por isso, quando estiver em consulta pergunte sobre as opções de remédios manipulados.

Fabíola Tavares Lemos
CRBM: 35430

Biomédica habilitada em Análises Clínicas, Pós Graduada em Auditoria dos Serviços da Saúde, mestranda no Programa Interdisciplinar em Ciências da Saúde da Unifesp. Atualmente trabalha nas pesquisas do BEST- Laboratório de Biologia do Estresse.

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