Uma dieta adequada é um dos pilares do manejo do diabetes. Para aqueles que convivem com a condição, especialistas recomendam adotar um plano alimentar que leve em consideração o equilíbrio entre carboidratos, proteínas e gorduras saudáveis, além de focar em alimentos de baixo índice glicêmico.
Quem dá essas e outras dicas a respeito da alimentação para pessoas com diabetes é Livia Tanizaki, nutricionista da Vitat.
Como funciona uma dieta para diabéticos?
Livia Tanizaki diz que, no geral, os hábitos alimentares das pessoas com diabetes devem levar em conta:
- Consumo de carboidratos complexos: “priorizar alimentos ricos em carboidratos complexos, como grãos integrais (aveia, quinoa, arroz integral), leguminosas (feijões, lentilha, grão-de-bico, ervilha) e alimentos com baixo índice glicêmico. Esses alimentos são digeridos mais lentamente, o que evita picos rápidos nos níveis de açúcar no sangue”;
- Consumo de fibras alimentares: “incluir fontes de fibras alimentares em sua dieta, como frutas frescas e vegetais, grãos integrais, sementes e oleaginosas. As fibras retardam a absorção de açúcar e podem ajudar a manter os níveis dele no sangue estáveis”;
- Priorização de proteínas magras: “escolher fontes de proteínas magras, como peixe, frango sem pele, peru, ovos, laticínios com baixo teor de gordura e leguminosas. As proteínas também contribuem para estabilizar os níveis de açúcar no sangue e promovem a sensação de saciedade”;
- Gorduras boas: “dar preferência ao consumo de alimentos fontes de gorduras insaturadas, como abacate, nozes, sementes, azeite de oliva e peixes gordurosos, como salmão e sardinha. Evite gorduras saturadas e trans encontradas em alimentos fritos, produtos processados e carnes gordurosas”;
- Controle das porções: “monitorar o tamanho das porções é essencial para controlar a ingestão de carboidratos e calorias. Isso pode ajudar a evitar picos nos níveis de açúcar no sangue e a manter um peso saudável.”
Por outro lado, quais alimentos evitar?
A seguir, a nutricionista da Vitat elenca os alimentos que pessoas com diabetes geralmente precisam evitar ou consumir com moderação:
- Produtos ricos em açúcares e alimentos açucarados: “isso inclui açúcar de mesa, xaropes, mel, refrigerantes, sucos de frutas adoçados, doces, bolos, biscoitos e sorvetes. Esses alimentos têm alto teor de carboidratos e podem levar a picos rápidos nos níveis de açúcar do sangue”;
- Alimentos e produtos ricos em carboidratos refinados: “alimentos feitos com farinha de trigo refinada (farinha branca), como pão branco, massas refinadas e arroz branco, geralmente têm um alto índice glicêmico e podem causar um aumento rápido nos níveis de açúcar no sangue. É melhor optar por versões integrais desses alimentos”;
- Bebidas alcoólicas: “o consumo excessivo de álcool pode afetar os níveis de açúcar no sangue e interferir na capacidade do fígado de regular a glicose. Além disso, bebidas alcoólicas geralmente contêm ‘calorias vazias’ e podem contribuir para o ganho de peso”;
- Alimentos e produtos ricos em gorduras saturadas e trans: “essas gorduras podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares, que já são mais comuns em pessoas com diabetes. Alimentos ricos em gorduras saturadas incluem carnes gordurosas, pele de aves, manteiga, queijos gordurosos e alimentos fritos. As gorduras trans são encontradas em alimentos processados e ultraprocessados, como margarinas, produtos de panificação comerciais, snacks, biscoitos recheados e doces”;
- Sal em excesso: “o consumo excessivo de sal pode aumentar o risco de hipertensão arterial, que é uma preocupação adicional para pessoas com diabetes, pois elas já têm maior predisposição a problemas cardiovasculares. Evitar alimentos processados e ultraprocessados, além de limitar o uso de sal de cozinha pode ajudar a controlar a pressão arterial.”
Outras dicas essenciais para quem tem diabetes
Por fim, não é somente no prato que o tratamento do diabetes é feito. De acordo com Livia Tanizaki, além de uma alimentação saudável, existem outras dicas essenciais:
- Monitorar regularmente os níveis de açúcar no sangue: “é importante acompanhar de perto os níveis de glicose no sangue para entender como a alimentação, a atividade física, os medicamentos e outros fatores os afetam. Isso pode ser feito com um medidor de glicose (glicosímetro) ou outros dispositivos de monitoramento contínuo de glicose (sensor de glicose)”;
- Praticar atividade física regularmente: “a atividade física regular é fundamental para o controle do diabetes. Ela ajuda a melhorar a sensibilidade à insulina, reduzir os níveis de açúcar no sangue, controlar o peso, fortalecer o coração e melhorar o bem-estar geral. Consulte um profissional da saúde antes de iniciar qualquer atividade física”;
- Tomar os medicamentos prescritos de maneira adequada: “se o diabetes for tratado com medicamentos, é importante tomá-los conforme a prescrição médica. Isso pode incluir insulina, medicamentos orais ou outros específicos para o controle do diabetes. Siga as orientações do seu médico em relação à dosagem, aos horários de administração e a possíveis efeitos colaterais”;
- Controlar o estresse: “o estresse pode afetar os níveis de açúcar no sangue. Encontre maneiras de lidar com o estresse, como praticar técnicas de relaxamento, meditação, exercícios de respiração profunda, atividades prazerosas ou até mesmo buscar suporte psicológico, se necessário”;
- Dormir o suficiente: “a qualidade e a quantidade de sono são importantes para o controle do diabetes. A falta de sono pode afetar os níveis de açúcar no sangue e a sensibilidade à insulina. Tente manter uma rotina de sono regular e adotar hábitos saudáveis de higiene do sono”;
- Educação e apoio: “busque conhecimento sobre o diabetes e participe de programas de educação sobre a condição. Quanto mais você entender sobre o diabetes, melhor poderá gerenciá-lo. Além disso, procure apoio de grupos, familiares, amigos e profissionais de saúde para obter suporte emocional e encorajamento”;
- Realizar exames periódicos: “agende consultas regulares com seu médico e profissionais de saúde para monitorar sua saúde geral e realizar exames de rotina. Essas consultas podem ajudar a identificar e tratar quaisquer complicações ou problemas de saúde relacionados ao diabetes precocemente.”
Vale sempre ressaltar que cada pessoa é única, e o manejo do diabetes pode variar dependendo de fatores como o tipo de diabetes, a idade, o estado de saúde geral e outros. Portanto, é fundamental trabalhar em estreita colaboração com uma equipe de saúde para desenvolver um plano de cuidados personalizado para cada caso.
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